Olá!
Que venha aqui me perguntar se ainda há um pouco de graça no pisar. Digo não.
Confuso e cinzento, de céu aberto na boca da lata sem coca.
Repara que o outro vem significar aquilo que já não mais pode.
Repara que o outro vem determinar o passo e o compasso das horas e dos pormenores gastos a troco de vento e gripe no peito.
Vassalo de ninharias dispostas na loucura gangrenada da testa daquele que de ilusionista passou a ser persecutório da ilusão esquizofrênica dos sentidos táteis, forçados pela cabeça estanque com cheiro de estrume podre cagado por porcos, coisa suja mesmo!
Se de olhares virasse um prodigioso dono do labor que restou à face ruborizada de quem achou por bem tocar na fonte da ovelha e vê-la tilintar de frio na espinha pelo abuso sofrido no ânus que penetrou-lhe a carne e a fez berrar na língua,talvez seria pouco pensar nas vagarosas incomodações que se sucedem pelo corpo que acha estar, mas não está.
No fim tudo se mostra como tédio.
No fim do se volta para o tédio.
Às voltas com ele, deixo-me seduzir pelos labirintos difíceis de escapar, e me molho nas águas mornas de um viver atormentado pelo morrer, vivo dentro de um aquário horizontal de caminhos fáceis de trilhar nos momentos áureos do entorpe lunático da mente pregressa.
Rigidez dos cataventos que não dormem nas noites gélidas do deserto.
Bem quistos são aqueles que vivem no apogeu triunfante das memórias fáceis, e na fugacidade relacional das almas, que se incendeiam nas mesas à procura de um sorriso novo que lhe venha embriagar com o álcool que desce sem molhar a paz eterna da vida sem sobressaltos sentimentais.
Vide em mim nossas agruras.
Vide em mim a ceia eterna do faminto que nunca cessa de comer.
Raro não são os ossos roídos e depois disparados ao ar somente para ver se a maneira de se ter ou de se estar, e de não se estar e nem se ter, não passa de mero distúrbio cerebral do achar.
terça-feira, 28 de agosto de 2012
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