Segue pelo corpo
Lamenta a intenção dos bem intencionados
Discorre sobre o tempo sem deste saber
Sonha com asas sem ao menos saber andar
E quem dirá...
o sol se apagou no horizonte?
E quem irá...
dar a chama para que possa voltar a brilhar?
Inventa sabores para o olfato gasto
Leva armadilhas em sacolas vazias
Vislumbra o novo sem nunca ter tido o velho
Desce dos céus sem jamais lá ter estado
E quem virá...
mostrar-lhe que o dorso pode não ser belo?
E quem dissipará...
as ferrugens impregnadas das cordas desafinadas?
A vida não se fará
Os laços não desatarão
O Outro não agirá
e a vida, tomada, permanecerá caminhando sem as pernas de seu corpo
terça-feira, 21 de julho de 2009
Telas pintadas sem tintas
Carruagens descem do céu
Luvas absorvem o medo
Cavaleiros carregam suas espadas
E no canto baixo do quadro a baia pega fogo
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Um risco preto corre sobre o branco
Círculos perfazem o abajur aceso
O azul permanece inerte
E no alto do quadro as lembranças se transformam em cinzas
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Pela porta entra o mouro
Mãos carregam a bandeja que será posta à mesa
Fiéis aguardam o desjejum
E no canto esquerdo do quadro, no altar, um deus travestido em fome
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A feira está parada
Alguns comerciantes olham para a maçã marrom
A mulher, de semblante preocupado, disfarça com o pepino na mão
E na penumbra do quadro, onde o sol encontrou abrigo, um homem se entrega ao gozo
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Às pinturas,
Aos jocosos,
Às pseudo artes,
Aos artistas,
Aos médicos,
Aos jornalistas,
Aos faxineiros,
Aos engenheiros,
Às putas.
Sempre haverá um pouco mais de vida...
quando pela memória se deixar enganar,
quando pelo sonho se deixar consumir,
e quando pelas cores, dispostas em seres e,ou, objetos, se deixarem narrar.
Luvas absorvem o medo
Cavaleiros carregam suas espadas
E no canto baixo do quadro a baia pega fogo
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Um risco preto corre sobre o branco
Círculos perfazem o abajur aceso
O azul permanece inerte
E no alto do quadro as lembranças se transformam em cinzas
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Pela porta entra o mouro
Mãos carregam a bandeja que será posta à mesa
Fiéis aguardam o desjejum
E no canto esquerdo do quadro, no altar, um deus travestido em fome
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A feira está parada
Alguns comerciantes olham para a maçã marrom
A mulher, de semblante preocupado, disfarça com o pepino na mão
E na penumbra do quadro, onde o sol encontrou abrigo, um homem se entrega ao gozo
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Às pinturas,
Aos jocosos,
Às pseudo artes,
Aos artistas,
Aos médicos,
Aos jornalistas,
Aos faxineiros,
Aos engenheiros,
Às putas.
Sempre haverá um pouco mais de vida...
quando pela memória se deixar enganar,
quando pelo sonho se deixar consumir,
e quando pelas cores, dispostas em seres e,ou, objetos, se deixarem narrar.
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