quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Oníricas fantasias


sinto dizer que o tema passado
saiu da pauta com termos negados

ju nos veio com os braços cortados
eu não me importo, não nos importa

raquel nos disse mais sobre tiago
cocaína, mais cocaína

voando enquanto caio sem mãos
estou no alto e estou no tom

vestidos longos sem chorar
selvagens a dançar
conversas em mezcal
duchamp sem urinol

o escocês esqueceu o traje
o que fazer, o que dizer, o que ouvir

ju voltou sem nenhum corte
olhei em volta... caracóis com sorte

a folha em branco merece aplauso
está aberta, está aberta

piscina e um nu me pagando um
me mexo pouco, me molho todo

estou alto e louco
case e fique seco
doses altas pra um enfermo
duchamp preso num banheiro

eu vejo preto e branco
não toque em nada
não mude nada

segure firme e nade
me abrace e tome um valium

na esteira um reboque
dois toques, um lorde

não largue a mão por nada
destrua-me
me ponha em cacos

não largue a mão por nada
destrua-me
me ponha em cacos

mais alto, mais álcool

venha mais perto de novo
venha ver os anjos
quanto tempo separados

mais alto, mais álcool