Estado de não querer.
Sempre às voltas com o
antigo do novo embalado.
Em certos lugares da
cabeça um círculo se desfaz e por caminhos tortos sigo.
Aí vamos nós rodeados
por sombras passadas seguindo finitas crenças...
de nós.
Não consigo calar a
dor,
e os sentimentos
abotoados pelo paletó não estão mais abrigados.
Soltos,
eles se vão,
seguem entre o presente
e deixam marcas do que poderá ser o futuro.
E você que me disse
que estamos vivendo a vida dos outros...
ainda não percebeu que
suas letras mortas já foram proferidas?
Então permaneço no
silêncio que incomoda os ouvidos cansados do mesmo dito desesperado,
de quem não encontra o
lugar dos vivos,
dos que existem sem o
peso de nada ser.
Você de novo vem
e o que fala não
escuto,
muitas mentiras foram
clamadas sob a luz da lua como verdades imutáveis,
amigo (?)
Veja que não mais nos
entendemos,
eu que não escuto e
você que não enxerga.