se se transfigura em medo,
se se transpõe sem exatidão,
se se mede o tempo com ansia,
se se prende em lanços senis,
se se ilumina sem luz,
se se vê com os olhos dos cegos,
faz-se efêmero o grão plantado na alcova em que jaz.
se se move sem movimento,
se se deita em relvas sem relvas haver,
se se presta a caminhar sem direção,
se se cobre de dúvidas sobre as dúvidas,
se se semeia o grão já morto,
se se vale do imprevisível,
faz-se vento na inércia do viver carcomido e traz úmidade para o deserto desalmado.
sexta-feira, 17 de abril de 2009
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